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Postado em 06 de Maio às 23h00

MENSAGEIRO SEGURO 1.310

Leia nesta edição do Mensageiro Seguro
1. A vida no piloto automático e as compulsões
2. Sem seguro contra incêndio, moradora culpa síndico por falhas
3. Rompendo padrões: como a digitalização redefine o setor de seguros
4. Saúde: Varizes não é apenas questão de estética
5. Orientação Segura: A síndrome do quem foi
6. Ação Positiva
A vida no piloto automático e as compulsões

Falta muito para que possamos dizer que conhecemos os detalhes do funcionamento do psiquismo humano. O que é fato é que uma boa parte das nossas ações parecem governadas por um ?piloto automático?.
Os movimentos que fazemos ao dirigir o carro são todos sincronizados e não exigem reflexão, assim como as reações que temos diante de um problema inesperado. Muitas vezes só nos conscientizamos de algo depois do ocorrido, como se, diante do susto, o piloto automático tivesse se desligado! Fazemos o mesmo ao escovar os dentes, ao nos movimentarmos durante o banho, nos enxugarmos, assim como em tantas outras condições que se repetem com regularidade.
Chamamos de hábitos aos comportamentos, não inatos, que se tornam repetitivos e fixos. Eles se consolidam na nossa memória, criando um caminho sólido no sistema nervoso, de modo que, em cada dada situação, respondemos do modo que foi padronizado. Uma vez criado um hábito, que se estabelece em função das repetições, fica muito difícil desfazê-lo. Temos facilidade para associar (condicionar) e enorme dificuldade para dissociar, desfazer essas conexões cerebrais.
Se um dia nos habituamos a comer depressa, temos enorme dificuldade de reaprender e passar a comer mais devagar. Se um dia nos habituamos a cruzar as pernas ao sentar, o movimento nos chega automaticamente mesmo quando já sabemos da necessidade de nos livrarmos dele por força de algum problema de postura. Precisamos de atenção redobrada, de enorme empenho constante e prolongado, para conseguirmos nos livrar de nossos condicionamentos.
Compulsões são hábitos inconvenientes, nocivos. As compulsões correspondem a hábitos específicos que se perpetuam apesar de terem um caráter frequentemente inconveniente ou mesmo nocivo. São exemplos de compulsões o ato de roer as unhas, os variados tipos de automutilação, assim como os transtornos obsessivo-compulsivos (TOC).
O que os caracteriza, a meu ver, é uma propriedade muitas vezes difícil de ser detectada, qual seja, a de que provocam uma redução de ansiedade: se alguém está muito nervoso e desenvolveu a compulsão de roer as unhas, será nessa hora que o fará, posto que isso provocará uma melhora do estado emocional. As compulsões provocam um tipo especial de prazer, chamado por Schopenhauer de ?prazer negativo?, que se caracteriza pela existência de um desconforto inicial que se atenua através da realização do ato compulsivo; ele provoca um tipo de prazer parecido com o que nós sentimos quando, com frio, nos agasalhamos, com sede, bebemos água?
Os Transtornos Obsessivos Compulsivos que aliviam a ansiedade: os rituais repetitivos do portador de TOC aliviam uma ansiedade que só se esvai por esse meio. A compulsão por arrancar os
cabelos (tricotilomania) só se perpetua por ter se transformado em ?remédio? para a ansiedade que acompanha aquela pessoa em determinadas situações.
As compulsões alimentares ligadas à ingestão exagerada de comida (ou de certos doces) seguem o mesmo trajeto: apazigua a sensação de desamparo que nos maltrata em determinados momentos. As compulsões alimentares são mais complexas porque, além do alívio da sensação dolorosa de desamparo, trazem também um ?prazer positivo?, sensação agradável que não depende da presença de um desconforto prévio. A quase impossível tarefa de ter de se livrar do que dá enorme prazer: o doce ou o chocolate são experiências agradáveis mesmo na ausência de qualquer desconforto! Esse tipo de compulsão já tem um pé naquilo que se chama de vício. O vício costuma estar ligado ao fortalecimento ainda maior das conexões neuronais típicas dos hábitos, pois, no cérebro, se estabelecem outros trajetos típicos da dependência química.
Desnecessário dizer das dificuldades das pessoas para se livrar deles, posto que, ao menos numa primeira fase, provocam enorme prazer, sendo que os efeitos nocivos só costumam aparecer depois de muito tempo. Nem todos os vícios implicam dependência química, porém todos têm a ver com a presença de um prazer positivo, um bem-estar inicial: consumismo desvairado, excesso de trabalho? É preciso cautela, pois não é difícil nos vermos enredados em algumas dessas situações. E, para sairmos, necessitamos, na maior parte das vezes, de um esforço hercúleo e de muita determinação. Por Flávio Gikovate, é médico-psiquiatra (em memória)

Sem seguro contra incêndio, moradora culpa síndico por falhas

Júlia Futaki e outros moradores de prédio em Pinheiros, Zona Oeste de SP, afirmam que não havia mangueira em nenhum dos 17 andares no momento do fogo, só no subsolo. Síndico diz que manutenção é responsabilidade de empresa contratada.
Susto, pânico, desespero e frustração. A dentista Júlia Futaki, de 49 anos, conta que viveu tudo isso intensamente numa quinta-feira do mês passado, quando saiu do banho e percebeu um princípio de incêndio em seu apartamento em Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. O fogo alto destruiu todo o imóvel e ainda danificou uma lateral do edifício. De acordo com Júlia, o fogo começou na mesa de cabeceira ao lado de sua cama, onde havia um abajur e uma extensão elétrica.
Ex-síndica do edifício e ciente de técnicas de combate a incêndio, ela buscou primeiro um extintor de pó químico para apagar as chamas sobre os aparelhos elétricos. Mas o fogo começou a consumir o edredom sobre a cama. Ela foi, então, em busca do extintor de água, mas não conseguiu usá-lo devido a furos na mangueira. Júlia diz que não houve vazão necessária para apagar o fogo, que acabou se alastrando. Além da visão de seu lar e quase todos seus pertences virando cinzas, outro ponto contribuiu para o desespero: o apartamento, que é alugado, não tinha seguro contra incêndio. Ela afirma que itens importantes de combate ao incêndio do condomínio, como o próprio extintor, estavam irregulares, o que teria dificultado ou até impossibilitado o controle das chamas rapidamente.
O síndico profissional responsável pelo condomínio afirma que o procedimento de manutenção dos equipamentos é de responsabilidade da empresa contratada para o serviço e que os bombeiros usaram a mangueira do condomínio para controlar o fogo. ?Na hora em que eu fui colocar o extintor de água, na mangueira do extintor tinham quatro furos, e aí eu não tive a pressão, a vazão da água foi pros lados. Foi quando eu vi que perdi todas as esperanças. (?) Aí eu tive que desistir e aguardar os bombeiros. Ainda bem que vieram rápido, mas eles tiveram problemas também porque não tinha uma mangueira no prédio, em nenhum andar, não tinha mangueira, e eles ficaram procurando?, afirma Júlia.
Segundo Júlia e outros condôminos, só havia mangueira de incêndio no subsolo do prédio, e os bombeiros levaram algum tempo até localizar e subir com ela até o segundo andar, onde estava o fogo. Quatro dias depois do incêndio, alguns dos moradores percorreram todos os 17 andares e gravaram vídeos comprovando a ausência das mangueiras, o que eles consideram uma falha de segurança. Moradores do edifício também reclamam que não houve o acionamento de alarme sonoro para alertar os condôminos. Alguns saíram batendo de porta em porta para avisar sobre a emergência.
Agora, Júlia e seu advogado estão reunindo provas para tentar exigir na Justiça que o síndico seja responsabilizado pela negligência. O advogado pediu a ele acesso às imagens das câmeras de segurança durante o ocorrido, o que lhe foi negado. ?Eu não tinha seguro de incêndio, e isso dá um desespero e uma preocupação maior. Toda a parte elétrica e estrutural foi danificada. Eu não tenho ainda noção do quanto vai ser necessário em termo de valores, mas está tudo destruído?, diz ela. Amigos dela iniciaram uma vaquinha online para ajudá-la e já levantaram mais de R$ 14 mil. A meta estabelecida é de R$ 70 mil.
O que diz o síndico: A manutenção dos equipamentos de combate a incêndio é anual; Não existe Norma nem Instrução Técnica para o procedimento de manutenção, isso fica a critério da empresa que está realizando a manutenção. O que precisamos manter é a quantidade de equipamentos de combate a incêndios necessária para atender uma emergência. Que foi exatamente o que ocorreu, os Bombeiros utilizaram a mangueira do condomínio para controlar o incêndio; Os extintores reservas foram deixados pela empresa responsável pela manutenção, em todos os andares e estavam dentro do prazo de validade;
O Corpo de Bombeiros, através da aprovação do projeto do AVCB, é quem determina quais itens de segurança e combate a incêndio precisamos manter no condomínio, no caso do Fusion Pinheiros, o Corpo de Bombeiro não solicitou alarme sonoro, os detectores de fumaça nos andares têm a finalidade de acionar a pressurização da escada e informar a portaria. O sistema funcionou perfeitamente naquela ocasião. Fonte: Seguro Catarinense

Rompendo padrões: como a digitalização redefine o setor de seguros

A contratação de seguros passou por uma transformação significativa, substituindo processos burocráticos e linguagem técnica por agilidade digital e interfaces intuitivas. A digitalização consolidou-se como pilar fundamental do setor, não apenas para otimizar operações, mas também para conectar-se a novos públicos e adaptar-se a exigências contemporâneas.
Tecnologias emergentes têm pressionado as seguradoras a repensar práticas tradicionais, eliminando redundâncias e priorizando soluções orientadas por dados. Além da modernização na contratação de apólices, ferramentas digitais são usadas para armazenar documentos sensíveis ? como testamentos e registros financeiros ? com segurança criptografada, mitigando riscos de perda ou adulteração associados a arquivos físicos.
Plataformas online simplificam desde a cotação até o atendimento pós-venda, ampliando a autonomia dos clientes. Dados do ISG revelam que 61,5% das empresas planejam investir em experiências digitais, enquanto o Global Tech Report da KPMG aponta que 64% dos executivos priorizam automação e IA. As insurtechs, aliadas a ecossistemas como bancos e e-commerces, aceleram essa mudança ao integrar inteligência artificial e análise de dados em tempo real.
Embora canais físicos ainda atendam a nichos específicos, o digital avança rapidamente, especialmente entre gerações mais jovens. Essa transição exige que as seguradoras abandonem modelos engessados, adotem flexibilidade e invistam em capacitação de equipes e lideranças inovadoras. A modernização não só reduz custos operacionais, mas também fortalece a confiança do cliente, redefinindo o papel estratégico dos seguros na proteção de patrimônios e projetos de vida.
Fonte: Insurtech

Saúde
Varizes não é apenas questão de estética
O sistema circulatório divide-se em três partes: o venoso, o arterial e o linfático. Quando falamos em ?problema de circulação? é necessário esclarecer qual deles, pois o quadro clínico, o diagnóstico e o tratamento diferem entre os três. Varizes dos membros inferiores envolvem patologia do sistema circulatório venoso que além de inconveniente estético, é indicativo de problemas venosos nos membros inferiores, que ao longo do tempo se não diagnosticados e tratados corretamente, certamente trarão complicações futuras.
Muitos fatores predispõe o surgimento das varizes, dentre eles, herança familiar (parentes próximos com varizes), gestação, tipo de trabalho (muito tempo em pé ou sentado com pernas pendentes e atividades que exigem grande esforço físico), sedentarismo e obesidade.
Temos que ressaltar a importância de se cuidar. Tenha cuidado com o seu peso, o ideal é manter o peso e tentar evitar o efeito sanfona, pratique atividade física e procure não ficar por muito tempo na mesma posição no seu trabalho, todas essas práticas associadas ao emprego de meias elásticas de compressão graduada podem ajudar a diminuir ou prevenir a ocorrência de varizes.
Fonte: Hospital Albert Einstein

Orientação segura
A síndrome do ?quem foi??
Uma das coisas que mais se ouve numa empresa é ?Quem foi??. Qualquer coisa que saia errado e lá vem a pergunta: ?Quem foi??. E todos transformam-se em detetives particulares ou promotores de acusação. ?Eu não fui?. ?Nem estava aqui?. ?Só soube agora?. ?Não quero nem saber?.
Você já reparou quanto tempo se perde numa empresa com o ?quem foi?? Não estou querendo dizer que saber a pessoa que cometeu um erro ou criou um problema não seja de todo importante. Mas é preciso que fique bem claro que muito mais importante do que saber ?quem foi? é resolver o problema. Muito mais importante do que achar quem errou é corrigir o erro!
Muitas empresas e pessoas perderam clientes, fornecedores e contratos preciosos porque ficaram procurando os culpados em vez de agir proativamente e consertar o dano causado por alguém. É preciso ter uma ordem clara de prioridade ? primeiro resolver o problema; depois achar o culpado. E não como faz a maioria ? primeiro procura o culpado e depois vê o que fazer com o problema.
Há empresas que são viciadas em buscar culpados para tudo. Com isso incentivam a delação e o ?dedodurismo? e nem sempre os verdadeiros culpados são os punidos. Sem sentirem-se à vontade para dar suas opiniões com liberdade, as pessoas escondem seus sentimentos e o ambiente fica cada vez mais falso. Todos fingem e mentem com medo da punição e o clima é de pessoas se apunhalando pelas costas o tempo todo, embora, aparentemente, o ambiente seja cordial e amigo.
Analise como é o clima de sua empresa ou de seu departamento ou seção. Veja se, mesmo sem ter consciência disso, você não vem criando um clima de ?quem foi?? o tempo todo, e você mesmo está sendo vítima de mentiras cada vez mais frequentes por parte de seus colegas ou subordinados. Lembre-se que atender o cliente; consertar o erro; resolver o problema é muito mais importante para o seu sucesso e de sua empresa do que encontrar o culpado. Por Luiz Marins

Ação Positiva
"Os homens fariam maiores coisas se não julgassem tantas coisas impossíveis." Lamoignon de Malesherbes

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