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Postado em 09 de Maio às 23h00

MENSAGEIRO SEGURO 1.311

Leia nesta edição do Mensageiro Seguro
1. A vida no piloto automático e as compulsões
2. A lógica do seguro sob o domínio dos comportamentos digitais
3. Mudança demográfica e suporte integrado transforma o mercado de seguros P&C
4. Saúde: Vitamina C
5. Orientação Segura: A sua vida muda com atitude
6. Ação Positiva
A vida no piloto automático e as compulsões

Quando nosso dia a dia parece uma sucessão de maratonas, é inevitável que a vida pareça difícil. Sabemos que quando os corredores terminam uma maratona, há todo um protocolo a ser seguido, voltado para sua recuperação. Eles têm diversos tipos de apoio, inclusive médico, para restaurar qualquer dano feito ao corpo e sabem que devem repousar por semanas, ou meses, entre as provas. Nós, entretanto, não temos nenhum sistema de apoio similar para nossas ?maratonas? diárias.
Devemos aprender a honrar os ritmos naturais de nossos dias e de nossa vida. Podemos viver como as oliveiras, que produzem azeitonas por centenas de anos, e não como nossos telefones, que são fabricados para durar apenas um ou dois anos. Devemos adotar uma abordagem de rotina escolar para a vida, na qual trabalhamos, aprendemos, produzimos e criamos em períodos previsíveis de tempo, e depois temos períodos igualmente previsíveis de brincadeira, repouso e recuperação.
Há outra lição que podemos aprender com maratonistas e oliveiras: nosso ritmo mais produtivo é sempre o mais constante. Quando estamos produzindo e criando, obtemos maior sucesso se somos constantes em nossos esforços. Os corredores de longa distância têm mais probabilidade de vencer uma prova se correrem cada quilômetro em um ritmo constante. Os expedicionários têm mais chances de êxito quando caminham a mesma distância dia após dia, faça chuva ou faça sol. Ou seja, eles percorrem 30 quilômetros nos dias difíceis, quando o tempo está ruim e o percurso é em aclive, e ? esse é o truque ? param após completar 30 quilômetros nos dias fáceis, quando o tempo está ameno e o terreno é em declive. Em vez de trabalhar até tarde da noite na fase final de um projeto grande, nós temos resultados melhores quando fazemos um progresso diário constante e planejado.
Quando adotamos a abordagem das oliveiras, dos corredores bem-sucedidos e dos expedicionários, descobrimos que podemos viver com força e tranquilidade. Liberamos tempo e energia para recarregar as baterias, para nos conectar com os outros e para encontrar propósitos reais e profundos. Por Christine Carter, no livro O ponto de equilíbrio

A lógica do seguro sob o domínio dos comportamentos digitais

O uso de dados alternativos na análise de riscos já é prática corrente em segmentos específicos do mercado. Informações derivadas de mobilidade urbana, de hábitos financeiros, de padrões de consumo e de comportamento online começaram a ser incorporadas na estruturação de produtos de seguro. A movimentação não se dá apenas no ajuste fino de subscrição, mas na transformação silenciosa do próprio conceito de proteção.
Seguradoras que atuam com modelos de "pay-how-you-drive" no automóvel, empresas de saúde suplementar que modulam benefícios conforme índices registrados por dispositivos vestíveis, startups que exploram o comportamento de compra para embasar seguros massificados são sinais claros de que o mercado já opera, na prática, em bases que extrapolam os dados tradicionais.
A questão que se impõe não é mais se o comportamento digital deve ser usado como referência. Isso já acontece. O desafio é entender até que ponto essa personalização muda a função social do seguro, transforma a lógica de acesso à proteção e borra a fronteira entre segmentação legítima e exclusão silenciosa. O histórico digital deixa de ser critério de avaliação e passa a ser critério de modelagem. Em produtos como auto, vida e saúde, a personalização baseada em dados digitais já avança sobre a fase de subscrição tradicional. O movimento não se limita a precificar de forma mais precisa. Em vários casos, ele define os próprios contornos das coberturas.
Um exemplo explícito desse movimento é o dos seguros de automóvel "pay-per-mile" e "pay-how-you-drive", praticados pelo mercado brasileiro, estadunidense e em outros mercados no exterior, como a Índia. Além do preço, a estrutura da apólice é determinada conforme padrões de condução, horários de uso e tipo de trajeto. Em saúde, a adesão a programas de "wellness" monitorados, em que descontos e benefícios são modulados a partir de dados de atividade física captados por smartwatches, ilustra outra camada desse processo. Já há modelos em que a renovação do contrato e a manutenção de franquias diferenciadas dependem da continuidade dos padrões monitorados. Mesmo em linhas menos óbvias, como seguros de vida individuais, empresas começam a considerar históricos de mobilidade, geolocalização e interações digitais para estruturar produtos sob medida, especialmente em canais de distribuição digital direta ao consumidor. Esses exemplos apontam para um futuro próximo em que o histórico digital não será mais apenas ferramenta de avaliação de risco ? será insumo fundamental para a própria concepção dos produtos. E a personalização não será somente o preço: será a própria definição do que é, ou não, objeto de proteção.
O discurso da personalização tende a ser associado automaticamente a ganhos de eficiência. E, de fato, o uso de dados comportamentais permite reduzir assimetrias informacionais, ajustar prêmios de forma mais justa e oferecer produtos mais adequados a diferentes perfis de risco. Mas a consequência prática dessa adaptação é mais complexa. Ao transformar o comportamento digital em critério de confecção de produto, o mercado deixa de operar com um conjunto homogêneo de ofertas para trabalhar com estruturas que selecionam quem terá acesso pleno à proteção. Assim, quem tem rotinas monitoráveis, estáveis e financeiramente previsíveis tende a ser favorecido. Quem vive fora dos padrões desejados ? por escolha, por contexto socioeconômico ou por impossibilidade de conformidade ? pode enfrentar barreiras silenciosas, seja no custo, seja na limitação de coberturas. O que se personaliza, portanto, não é apenas a adequação técnica da apólice. É a fronteira entre quem é acolhido e quem é afastado pela lógica dos dados.
O seguro sempre se sustentou em uma ideia simples: diluir incertezas de poucos na força de muitos. Essa lógica permitiu acesso universal a coberturas que, de forma isolada, seriam financeiramente inviáveis para a maioria das pessoas. A personalização ancorada em dados digitais tensiona esse princípio. Ao afinar a análise de risco até seus limites individuais, o modelo coletivo se fragiliza. A mutualização perde força, substituída por uma lógica de performance e rastreabilidade. O impacto dessa mudança é uma mudança silenciosa do papel social do seguro. À medida que o risco passa a ser individualizado de forma extrema, cresce o risco de o acesso à proteção depender cada vez mais da capacidade de conformar-se a padrões monitoráveis.
O seguro deixa de ser um pacto entre diferentes para se tornar um reflexo das práticas captadas em tempo real ? práticas que nem sempre são negociáveis ou alteráveis pelos indivíduos. A capacidade de regular não acompanha a velocidade da transformação. As tentativas de regulação para proteger dados pessoais são recentes e, em muitos casos, reativas. A Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, inspirada em marcos europeus, estabelece limites importantes sobre coleta, armazenamento e uso de informações. Mas os desafios trazidos pelo uso intensivo de dados alternativos vão além do que a legislação atual consegue controlar. Quando o perfil comportamental passa a ser capturado, interpretado e transformado em critério de elegibilidade de seguros, surgem zonas de incerteza que extrapolam as fronteiras da regulação tradicional. O consumidor raramente tem acesso aos algoritmos que processam seus dados. Pouco sabe sobre como seu comportamento é pesado, o que é considerado risco e o que é interpretado como vantagem. Em muitos casos, nem mesmo a seguradora domina integralmente os filtros aplicados por sistemas automatizados. A capacidade de auditar esses processos, garantir transparência e estabelecer responsabilidade é limitada. Enquanto isso, o mercado avança, criando novas formas de proteção baseadas em dados que o próprio consumidor muitas vezes desconhece ter disponibilizado.
Não se pode ignorar os ganhos trazidos pela personalização orientada por dados. Produtos mais aderentes à realidade dos clientes, menos desperdício de capital e maior eficiência na estruturação de coberturas são avanços concretos e relevantes. Mas a evolução também impõe perdas que não podem ser invisibilizadas. Quando a lógica da proteção se ancora em rastros digitais, a proteção deixa de ser um direito compartilhado para se tornar um privilégio monitorado. A linha entre segmentação legítima e exclusão silenciosa torna-se difícil de traçar. O seguro, que nasceu para administrar incertezas coletivas, caminha para um modelo que administra diferenças individuais com a precisão de quem monitora ? mas também com a frieza de quem seleciona. Portanto, o desafio técnico anda de mãos dadas com o político, social e ético. E todos eles devem ser colocados no centro da agenda do setor. Fonte: Insurtalks

Mudança demográfica e suporte integrado transforma
o mercado de seguro P&C

O envelhecimento da população e o aumento da urbanização estão transformando o setor de seguros de propriedade e acidentes (P&C). Um estudo da Capgemini, apontou que, até 2050, a população com mais de 60 anos crescerá drasticamente, superando os jovens em número, o que levará a uma elevação da taxa de dependência e à concentração de riscos em grandes centros urbanos. Essa mudança implica não só em novos perfis de risco, mas também em transformações no comportamento dos consumidores, que passam a valorizar mais experiências do que posses materiais.
Isso exige das seguradoras uma revisão de suas estruturas de proteção e prestação de serviços, com foco em soluções personalizadas e tecnológicas. Paralelamente, o setor observa uma transição dos ativos tangíveis para os intangíveis, como dados e propriedade intelectual, ampliando o espaço para seguros comerciais mais complexos e menos previsíveis. Executivos indicam que para acompanhar essa transformação, as seguradoras precisarão evoluir seus modelos de negócio e investir em abordagens inovadoras e integradas de avaliação de risco.
Outro aspecto relevante está nas mudanças de comportamento associadas à mobilidade urbana e ao estilo de vida da população mais velha. Com o envelhecimento, surgem novas preocupações quanto ao deslocamento seguro, uso de veículos adaptados e a cobertura para riscos específicos desse grupo. As seguradoras precisam desenvolver soluções para essas particularidades, como seguros personalizados para motoristas idosos ou coberturas voltadas ao uso de transporte compartilhado. Além disso, a hiperconectividade exige que a experiência do usuário seja fluida, intuitiva e acessível em diferentes canais, inclusive para aqueles com menos familiaridade com o digital.
Para lidar com essas novas demandas, as inovações tecnológicas tornaram-se prioridade. Tecnologias em nuvem, inteligência artificial e machine learning são algumas das ferramentas que vêm sendo incorporadas ao ecossistema segurador. Elas viabilizam o desenvolvimento de produtos mais dinâmicos, permitem a análise preditiva de riscos e otimizam a operação das seguradoras. Um exemplo é o uso da computação em nuvem, que garante escalabilidade e agilidade na entrega de soluções personalizadas para diferentes faixas etárias. Essa flexibilidade é essencial para ajustar produtos a perfis de consumo em constante evolução. Além disso, soluções baseadas em dados permitem que seguradoras entendam melhor o comportamento de seus clientes e desenvolvam coberturas mais ajustadas às suas necessidades.
A modernização das seguradoras P&C não ocorre de forma isolada. Um dos principais caminhos para acelerar essa evolução tem sido o suporte integrado oferecido por insurtechs especializadas em soluções tecnológicas. Essas empresas atuam como parceiras estratégicas, implementando sistemas, otimizando processos e proporcionando uma visão unificada do cliente. A OIP Insurtech, por exemplo, com expertise no mercado segurado juntou-se à Insurity, em parceria para integrar sistemas (SI). Através de uma implementação mais ágil e personalizada de soluções como automação de sinistros, gateways de subscrição e inteligência documental baseada em IA. A união de empresas com tecnologia e conhecimento técnico permite que seguradoras, MGAs e corretoras escalem seus negócios com maior precisão, adaptando-se às novas exigências do mercado com menor complexidade. Essas parcerias viabilizam a implantação tecnológica, e reforçam a cultura de inovação nas seguradoras, permitindo que elas se concentrem no que mais importa: atender melhor seus clientes, com agilidade, transparência e soluções sob medida.
As seguradoras de P&C estão deixando para trás sua imagem tradicional para assumir um papel mais dinâmico e adaptável. Diante de uma nova realidade marcada pelo envelhecimento populacional, urbanização acelerada e mudança nas prioridades dos consumidores, o setor precisa evoluir. Ao passo que a população mundial envelhece, os riscos mudam, os consumidores reformulam suas prioridades e os modelos tradicionais deixam de ser suficientes ? e nesse novo cenário, a transformação digital se fortalece. O envelhecimento populacional, aliado à evolução tecnológica e à transformação nos hábitos de consumo, exige uma resposta rápida, estratégica e integrada das seguradoras. A digitalização, as parcerias com insurtechs e o uso inteligente de dados são fundamentais para garantir produtos mais alinhados com os novos perfis de risco e expectativa dos segurados. No decorrer do envelhecimento da população e do avanço da urbanização, as seguradoras precisam se adaptar a novas realidades de risco, enquanto o estabelecimento de parcerias podem oferecer flexibilidade para otimizar processos e criar soluções mais personalizadas. Fonte: Insurtalks

Saúde
Vitamina C
A vitamina C participa de diversas ações bioquímicas vitais para o organismo. Entre os benefícios, melhora a imunidade. O nutriente também aumenta os níveis de anticorpos no organismo. Assim, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, deixando nosso corpo menos suscetível a doenças.
As frutas e vegetais são as melhores fontes de vitamina C. As mais ricas no nutriente são a camu-camu e acerola. O nutriente também está presente na goiaba, kiwi,As frutas e vegetais são as melhores fontes de vitamina C. Sendo que as mais ricas no nutriente são a camu-camu (fruta da Amazônia) e acerola. Além disso, o nutriente também está presente na goiaba, kiwi, morango, laranja, goji berry, cranberry e caju e em vegetais como o pimentão, o brócolis e a couve. Fonte: Minha Vida

Orientação segura
A sua vida muda com atitude
Quem nunca sentiu medo? Comum a qualquer pessoa, sinaliza que nos sentimos ameaçados ? física ou psicologicamente. Entramos em estado de alerta e demonstramos receio de fazer algo. Entretanto, há diferentes formas de encarar a situação. Na dificuldade de encarar os próprios medos, a tendência mais natural é a de desviar, evitar e muitas vezes negar que exista. Lidar com os medos é necessário. A melhor forma é identificando-os, delimitando-os e entendendo-os profundamente.
Assumir uma postura de controle diante dos medos só traz benefícios. Superar medos, ou pelo menos minorá-los para que não viva tolhida em sua liberdade, só amplia o campo de atuação na vida. Pessoas que têm medo de viajar, outras de doenças, outras de enfrentar situações públicas, por exemplo, restringem muito as experiências que enriquecem a vida. Quando isso ocorre, ela passa a viver mais de acordo com as suas necessidades e realizações.
Verifique como o medo o afeta. Procure lidar com eles de forma a trazê-los à tona e se permita investigá-los. Assim, você consegue perceber que a restrição que eles provocam afetem a sua vida e aceita que isso pode ser diferente. Aceitar a ajuda como a de um terapeuta, para se estruturar e se libertar de algo que está atrapalhando a sua vida também é importante, conclui. Fonte: Blog Abílio Diniz

Ação Positiva
"Os homens fariam maiores coisas se não julgassem tantas coisas impossíveis." Lamoignon de Malesherbes

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